segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Forever Young

                Odeio essa obrigação, quase que déspota, de ter que ser “adulto”. Acho indigno termos que adotar posturas que se contradiga como o que esta, de fato, dentro da gente. Como se cada ano que passasse de sua vida tivesse a obrigação de te tornar mais ranzinha e menos feliz! Pelo amor de qualquer deus que você acredite, fujamos desse padrão!
                É interessante, essa parada de crescer e ter que tomar como nosso responsabilidades e prioridades que a gente nunca escolheu. Não falo de trabalho, estudo ou qualquer outra coisa que seja natural ao nosso cotidiano. Falo de como encaramos as coisas. Quando somos crianças podemos ser sinceros, autênticos, criativos, bagunceiros, espontâneos, tagarelas e mais uma infinidade de coisas... que infeliz mente a gente tem que deixar de lado com a idade.
                Quando na vida topamos com alguém que tenha passado da puberdade e possua características de criança (como as que citei logo acima) achamos essas pessoas imaturas. Mas posso dizer que eu tento nadar contra essa maré, me esforço ao Maximo pra não deixar perder nenhuma dessas características de mim. Tento ser o mais infantil possível. Tento dar toda a intensidade que puder as coisas que sinto, penso e faço. E gente, pode ter certeza, vale muito à pena.
                Alguém aí já experimentou dizer a verdade? Pelo menos a verdade pra si mesmo? Ou ser bem fanfarrão? Ou quem sabe dançar sem pensar se as pessoas estão olhando, cantar bem alto, brincar, sorrir sem se preocupar? Amigos, tenham certeza,  é extremamente libertador! Manter as características e a sede de viver e de se divertir que se tem quando criança é ser sempre novo. Sem contar que tira todo o stress, e te faz sempre jovem, mesmo que com 150 anos.
Não percamos mais tempo com as asneiras que te falam sobre postura de adulto, seja uma criança eterna. Me diga, a quem interessa ser feliz? Não se sinta preso, tente dar um sorriso, ou tomar um banho de chuva, colocar os pés na lama, amar sem reservas. Não estou dizendo pra você quebrar regras, so insisto pra experimentar quebrar uma cultura infame e mesquinha que nos faz ser ranzinzas e broxas... Fujamos desse padrão! Ao que tudo me indica, somos livres!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Enquanto Estive Fora

Enquanto estive fora, percebi que eu sou inusitadamente normal... Com meus medos e minhas aspirações. De certa forma sou feliz e um certo ângulo sou triste, de maneira geral sou inconstante. Não uma transformação freqüente, não, mas uma metamorfose lenta e dolorida, incansável em busca de uma evolução, seja na carne, no pensamento ou no espírito.
Algumas coisas são permanentes, outras eu quero mudar, mas estão tão impregnadas em mim que já nem sei se vivo sem. Outras me fazem tanto mal que nem sei como vivi ate hoje com elas. Enquanto estive fora, notei que posso ser exatamente quem sou sem ter necessariamente expor minhas feridas, porque quando expomos nossas ulcerações algumas pessoas passam a ter nojo de nos.
Passar um tempo fora de meu próprio mundo me mostrou como não ser eu me faz sofrer, aprendi a me respeitar mesmo sendo tão inconstante e tão nebuloso, o que não são  meus maiores defeitos, pelo contrario, são por muitas vezes minha válvula de escape. Afinal de contas, como me livro de uma situação adversa? Mudando, me adaptando...
Passei esse tempo todo fora pra perceber que eu sou exatamente o que eu preciso para ser eu mesmo. Que eu sou mais do que qualquer outra coisa, sou conseqüência de mim mesmo. Que tudo o que esta aqui dentro é mais que parte de mim, mais que minha identidade, mais que minha historia, mais que qualquer outra coisa que possa ser subjugada é o conjunto total que forma minha vida.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

As coisas andam claras

Com o tempo você vai percebendo que para ser feliz com outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquele indivíduo que você ama ou acha que ama, e que não quer nada com você, definitivamente não é a pessoa da sua vida. Com o passar do tempo você aprende a se gostar, a cuidar de si e, principalmente, a gostar de quem também gosta de ti. O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas você vai achar, não quem estava procurando, mas quem estava procurando por você.
Às vezes é tão simples notar essas coisas, porem o que é mais dificultoso é aceitá-las e torná-las parte de nossos alicerces de vida. Por inúmeras vezes somos nós nossos maiores causadores de sofrimento e tortura. Por momentos incontáveis nos pegamos insistindo nos mesmos erros. E o pior da situação é que sabemos exatamente onde estamos errando mas temos um receio estúpido de aceitarmos que precisamos mudar, não o outro, mas a nos mesmos.
Ainda insistimos em buscar longe as respostas que moram dentro de nos mesmos. Continuamos a persistir em um desejo improfícuo de não nos ouvirmos, de nunca aceitar os gritos de alerta que nosso interior nos da incansavelmente. Preferimos passar horas imaginando como seria nossas vidas se tivéssemos escolhidos nossos sonhos ao invés de regarmos os bulbos de realidades que nem ao menos sabemos se ira florir. Porque não arriscar no sonho? Eles têm as mesmas possibilidades de dar certo que as outras opções. Entretanto ainda assim optamos por não sonhar e nem viver-los.
Estupidamente sempre nos jogamos no mundo real. Ensinaram-nos que na vida amores são coisa de novela, que realizar sonhos é coisa de gente rica, que ser feliz não é beneficio é sorte. Sorte essa que o mínimo de pessoas alcançam. Não seria, talvez, que esse fato se de ao mínimo de pessoas que se lançam em busca disso?
Queremos sempre um bom emprego, um amor de uma vida, dinheiro no bolso e gozar de uma boa saúde, mas nem ao menos tomamos atitudes simples que possam nos fazer ter esses resultados, somos imediatistas e mesquinhos. Esquecemos de dar valor ao esforço, a fé, a esperança... Parece piegas, mas é a mais pura verdade, esquecemos de ter esses sentimentos que nos fazem mais inocentes. Na verdade inocência passa longe de nos.
“Aprendemos desde muito cedo a sermos fortes, a bater em quem bate na gente. Nunca nos ensinam a pedir perdão. “

Sinceridade vale a pena.

Ser honesto comigo mesmo foi bom, me trouxe certezas. Aceitar o inevitável, mesmo sendo sombrio, me fez refletir e concluir que o que eu tenho é o agora, o hoje. E tenho que aproveitar.
Ser realista me fez endurecer e perceber que o mundo não é apenas uma fortaleza de paredes oníricas e eu um rei cego. Me fez concretizar objetivos e suportar decepções.
Ser sonhador me tornou maleável, flexível, esperançoso. Me fez abaixar os muros da fortaleza, mas não os demoli. Ainda viajo num mundo só meu!
Ser observador me fez conhecer os que me cercam. E me defender antes de ser atacado. Me fez perceber que somos todos diferentes mas nem todos são originais.
Ser amigo me fez, ah... ter a amarga certeza de que não posso esperar dos outros aquilo que ofereço a eles.
Ser insistente me fez conquistar, espaço, pessoas, caminhos, fé, dignidade.
Ser Estratégico me tornou mais frio, porem mais calculista, só piso em terreno que estudo.
Ser errante me fez ver que sou normal e que compartilho os mesmos problemas de muitos.
Ser questionador me fez encontrar respostas que não tem lógica comum, me fez mais louco e mais vazio no começo e mais louco e ainda mais questionador agora. Me fez achar minhas verdades.
Ser eu mesmo, me fez ser único, nem melhor, nem pior, apenas único. Me fez juntar personalidades e tantas facetas em um só corpo. E me da o privilegio de ser assim!