sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Enquanto Estive Fora

Enquanto estive fora, percebi que eu sou inusitadamente normal... Com meus medos e minhas aspirações. De certa forma sou feliz e um certo ângulo sou triste, de maneira geral sou inconstante. Não uma transformação freqüente, não, mas uma metamorfose lenta e dolorida, incansável em busca de uma evolução, seja na carne, no pensamento ou no espírito.
Algumas coisas são permanentes, outras eu quero mudar, mas estão tão impregnadas em mim que já nem sei se vivo sem. Outras me fazem tanto mal que nem sei como vivi ate hoje com elas. Enquanto estive fora, notei que posso ser exatamente quem sou sem ter necessariamente expor minhas feridas, porque quando expomos nossas ulcerações algumas pessoas passam a ter nojo de nos.
Passar um tempo fora de meu próprio mundo me mostrou como não ser eu me faz sofrer, aprendi a me respeitar mesmo sendo tão inconstante e tão nebuloso, o que não são  meus maiores defeitos, pelo contrario, são por muitas vezes minha válvula de escape. Afinal de contas, como me livro de uma situação adversa? Mudando, me adaptando...
Passei esse tempo todo fora pra perceber que eu sou exatamente o que eu preciso para ser eu mesmo. Que eu sou mais do que qualquer outra coisa, sou conseqüência de mim mesmo. Que tudo o que esta aqui dentro é mais que parte de mim, mais que minha identidade, mais que minha historia, mais que qualquer outra coisa que possa ser subjugada é o conjunto total que forma minha vida.

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